Há gestos não praticados
linguagem cifrada dos ventos.
Tão longe já vai o tempo
no qual não fomos iniciados...
Quantas cabeças desconhecem
o deslizar calmo dos dedos...
As cabeleiras sempre nascendo
e não há jeito de devassá-las.
Imperfeição delicada das faces
agravada por mãos inibidas.
Ternura pra sempre aplacada
na solidão vazia dos dias...
A nós, que a compreensão distingua as intenções
das consequências, apesar de tantos desmedidos...
que a força bruta jamais convença,
nem seduza os desprevenidos...
Distraídos, não venceremos!
João.
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