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Meu neguinho tem medo de ser baiano.
diz que, pra lá...
só tem tosco carregador.
diz que, de lá...
só vem sonso sem protetor.
atrapalhador, dos afazeres do mundo-cão.
pra onde chego é donde venho?
e donde venho, doutor, é o que fica?
o Dono da comida, esse que ria, falou:
- Neguinho sem-vergonha, sem prestança,
volta pra tua casa que nem casa tu tem!
deu vertigem
deu vergonha
em mim, e no neguinho.
lufada abafada de lágrima na venta.
chorei, fundo:
eu sou o neguinho!
é de ódio doutor! é de ódio!
baixo firme, nos olvido do neguinho:
- Neguinho é do mundo!
neguinho nem dono tem.
neguinho sorriu.
por isso o poema termina.
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- termina?
ResponderExcluir- "neguinho sorriu.
ResponderExcluirpor isso o poema termina."
por isso é que o poema começa.