domingo, 10 de abril de 2011

Profecia do Abraço.

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Mais súbita que a peste negra
E mais cigana que a gripe espanhola
Será a epidemia de saudade.
Sôdade.

(Cuidem-se todos)

Todos, de repente enlaçados,
Atracados, atados, braços-dados...
Não perto mas dentro da vida,
De seu Coração Selvagem.

Grandes líderes serão os poetas
Orientando as massas:
“- Por favor, salvem primeiro os fracos!
   nos salvem...”

(Só as crianças estarão a salvo!)

No dia seguinte
Quem evitará o embaraço?
Tantos e tantos séculos, - milênios
de sofrimentos e desgraças...

- Pra quê?

(Apesar de tudo ainda grassa, a vida-Graça...)

Pois Tarde é sempre Tempo,
Dentro do mau tempo
vive, eterna, a profecia -
do Abraço.


(João)


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